sexta-feira, 21 de maio de 2010

Academia da Força Aérea

A história da Academia da Força Aérea está intimamente ligada à história da Força Aérea Brasileira. Falar da Academia, sem falar da história da FAB, seria deixar uma lacuna impreenchível no passado da formação dos oficiais da Aeronáutica.

CONCORDE

O Concorde foi um dos dois aviões supersônicos de passageiros que operaram na história da aviação comercial, sendo o outro o soviético Tupolev Tu-144. Possuía uma velocidade de cruzeiro(algo entre 2.346 km/h e 2.652 km/h), e um teto operacional de 17.700 metros de altura (aproximadamente 58.070 pés). Voos comerciais começaram em 21 de janeiro de 1976 e terminaram em 24 de outubro de 2003. Foi operado apenas pela companhia britânica British Airways e pela companhia francesa Air France.

Nomes de Aeroportos do Brasil

Brasil: Belo Horizonte (Tancredo Neves e Pampulha); Espirito Santo (Goiabeiras);Belém (Val de Cães); Brasília (Presidente Juscelino Kubtschek); Campinas (Viracopos); Campo Grande (Internacional); Cuiabá (Marechal Rondon); Curitiba (Afonso Pena); Fortaleza (Pinto Martins); Goiânia (Santa Genoveva); Manaus (Brigadeiro Eduardo Gomes); Porto Alegre (Salgado Filho); Recife (Guararapes); Rio de Janeiro (Tom Jobim e Santos Dumont); Salvador (Dois de Julho); São Paulo (Congonhas e Internacional de Cumbica).

Airbus A300-600 Beluga uma das mais belas criação do homem

O Airbus A300-600ST (Super Transporter) ou Beluga é uma versão do Airbus A300, com partes modificadas para ser um avião cargueiro capaz de transportar grandes cargas e partes de outros aviões.
A versão cargueira com grande capacidade volumétrica do Airbus A300-600 foi projetada para substituir os antigos
Super Guppy da Aero Spacelines. Estes aviões foram, até a entrada em operação dos "Beluga" (como foram apelidados os A300-600ST) utilizados pela Airbus para transportar asas e fuselagens de suas aeronaves entre as fábricas situadas na Alemanha, França e Reino Unido. O desenvolvimento do A300-600ST foi iniciado em agosto de 1991 e apenas três anos depois o primeiro protótipo fazia seu roll-out em Toulouse.






Esquadrilha da fumaça

Esquadrilha da Fumaça é o nome popular do Esquadrão de Demonstração Aérea - EDA, um grupo de pilotos e mecânicos da Força Aérea Brasileira que fazem demonstrações de acrobacias aéreas pelo Brasil e pelo mundo.Sua finalidade de acordo com a EDA é aproximar os meios aeronáuticos civil e militar, contribuir para a maior integração entre a Aeronáutica e as demais Forças Armadas e marcar a presença da FAB em eventos no Brasil e no exterior.

História

A Esquadrilha da Fumaça fez sua primeira apresentação em 14 de maio de 1952 utilizando aviões North American T-6 Texan, modelo de avião que utilizou até 1977. Por um breve período, de 1968 a 1972, foram utilizados jatos franceses Aeropastiale CM-170-2 Fouga Magister, designados T-24 na FAB, que se mostraram inadequados às condições brasileiras. A Fumaça interrompeu sua apresentações em 1977, mas retornou em 8 de dezembro de 1983 utilizando aviões Neiva Universal T-25, logo substituídos por modernos Embraer EMB-312 Tucano, utilizados até hoje. Participou dos eventos aeronáuticos de Dayton, nos Estado Unidos, talvez o mais importante da categoria. Os membros da esquadrilha permanecem 4 anos em atividade e depois são transferidos para outra unidade. Sua base atual é na Academia da Força Aérea em Pirassununga, SP. O piloto mais famoso da Esquadrilha da Fumaça foi o Coronel Braga que pilotava um T-6 No dia 2 de abril de 2010, o Piloto Capitão Anderson Amaro Fernandes morreu ao chocar sua aeronave contra o solo, durante apresentação no município de Lages.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Filhos da pátria


Galera de responsa!



MINHA VIDA!

♥♥...

Compra de aviões de caça gera polêmica

O processo de seleção para a compra de 36 novos caças destinados à Força Aérea Brasileira (FAB) vem gerando uma série de polêmicas em torno de um negócio que pode custar até R$ 10 bilhões aos cofres públicos.Estão na competição o modelo Rafale, fabricado pela francesa Dassault; o Gripen NG, da sueca Saab e o FA-18 Hornet, da americana Boeing.O Ministério da Defesa informou que já recebeu o relatório técnico feito pelo Comando da Aeronáutica, mas nenhum dos dois órgãos comenta o conteúdo do documento.

EUA reprova a ultilização de pilotos automáticos em aviões

EUA reprova a ultilização de piloto automático
Capitão Gene Rosenthal (esq.) ministra um treinamento para o uso de piloto automático em Miami Springs, no Estado americano da Flórida
Conferência do setor aéreo americano discute se sistema automatizado tira atenção dos profissionaisUm capitão voltou ao cockpit depois de uma breve pausa para ir ao banheiro e encontrou seu copiloto conversando com uma comissária, sem prestar atenção nos equipamentos. O fato de o piloto automático estar desligado e o avião em risco passava despercebido.O incidente é um de muitos em que os pilotos não monitoraram corretamente os equipamentos de voo, sua automatização ou
mesmo a localização da aeronave. Eles foram narrados em um relatório da indústria aérea.O relatório, que foi divulgado em 2008, voltou a chamar atenção diante de um exemplo mais recente da falta de atenção dos pilotos: o voo da Northwest Airlines que saiu de sua rota e viajou mais de 250 quilômetros antes de retornar ao aeroporto, em outubro do ano passado.

Brasão do ITA

Brasão do ITA
De acordo com o previsto no plano de criação do Centro Técnico de Aeronáutica (CTA), atualmente denominado Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial, o primeiro instituto a ser instalado seria uma escola de formação de engenheiros de aeronáutica. Assim, desde o início de seus trabalhos, paralelamente às atividades de construção e aquisição de equipamento, a Comissão de Organização do CTA (COCTA) selecionou professores e técnicos para o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), os quais inicialmente trabalharam junto à Escola Técnica do Exército.
Transferidos daquela Escola para o ITA os cursos de preparação e formação de engenheiros de aeronáutica (Decreto nº 27.695, de 16 de janeiro de 1950), o Ministro da Aeronáutica baixou instruções, regulando a admissão ao Instituto (Portaria nº 38, de 1º de março de 1950) e a organização deste (Portaria nº 88, de 24 de abril de 1950).
O ITA é hoje uma das Organizações do Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA), de acordo com o Decreto nº 5.657, de 30 de dezembro de 2005.

Brig AR José Avelino RAMOS

José Avelino RAMOS
Brig Ar José Avelino RAMOS Comandante da EEAR
O Comandante da EEAR é Oficial-General do posto de Brigadeiro-do-Ar da ativa.
O atual Comandante, Brig RAMOS, assumiu o comando do "Berço dos Especialistas" em 26 de maio de 2009.

CONDECORAÇÕES: Ordem do
Mérito Aeronáutico, grau de “Grande
Oficial”; Medalha do Mérito
Santos-Dumont; Medalha do Mérito
Militar; e Medalha Militar de
Ouro.
HORAS DE VÔO: Possui mais de
5.500 horas de vôo.
CARGO ATUAL: Adido de Defesa
e Aeronáutica do Brasil na França e
Bélgica.
INDICAÇÃO: Vice-Diretor do Departamento
de Ensino da Aeronáutica.

Os Cavaleiros do ar

Os Cavaleiros do ar
Um avião de caça de última geração, o Mirage 2000, se afasta misteriosamente durante uma exibição de aviões de ponta em uma feira internacional de aviação. Os pilotos Antoine "Walk´n" Marchelli e Sébastien "Fahrenheit" Vallois que estão treinando na região, são imediatamente designados a localizar o caça e escoltá-lo de volta à base militar. Mas ambos são surpreendidos quando o Mirage assume a posição de ataque e parte para cima de Fahrenheit. A fantástica habilidade de Walk´n faz com que o misterioso Mirage seja abatido antes que ele alvejasse seu companheiro. Este incidente é só o início deste complexo jogo de intrigas e espionagem internacional, com tomadas aéreas jamais vistas no cinema, e um fantástico embate entre estas ferozes máquinas, capazes de quebrar a barreira do som, sobre o Champs-Elysées em pleno Dia da Bastilha.

PILOTOS

Pilotos do filme Cavaleiros do ar
Capitão Walk'n- Antoine Marchelli
Capitão Fahrenheit- Sebastien Vallois
♥♥..

quarta-feira, 19 de maio de 2010

GUARDA COSTEIRA

Resgate da Guarda Costeira
A guarda costeira dos Estados Unidos encontrou, nesta segunda-feira, um dos sobreviventes do naufrágio que deixou desaparecidos dois atletas da NFL . Nick Schuyler, ex-jogador de futebol americano pela Universidade do Sul da Flórida, foi achado vestindo um colete salva vidas, boiando junto ao barco virado, a 35 milhas da costa da cidade de Clearwater, de onde ele e os amigos saíram para pescar. Schuyler disse à equipe de resgate que o barco estava ancorado quando foi virado pela força do mar, e que os outros se separaram após o incidente. Os amigos do ex-atleta são William Bleakley, seu colega na universidade, Corey Smith, do Detroit Lions, e Marquis Cooper, dono do barco, que joga no Oakland Raiders. Os três continuam desaparecidos.

ABRAMAV

Quem é a Abramav?
Mediante a falta de informações adequadas disponíveis para iniciar a carreira de piloto, assim como nas outras atividades ligadas à aviação, surgiu a idéia da ABRAMAV para a principio reunir as mulheres na aviação. Estamos à disposição para colaborar na escolha das atividades ligadas ao vôo, profissionalmente ou como lazer, orientar e fornecer sugestões para aumentar a qualidade de vida individual e/ou familiar.Se o objetivo da participante for tirar o brevê, nosso objetivo é sugerir, acompanhar e dar suporte até que obtenha dados suficientes para fazer sua própria escolha sobre curso, escola, aeroclube, e com a posse da CCF tenha condições de participar do grupo das aviadoras. Ajudamos nos primeiros passos.Acreditamos que o tema "aviação" possa proporcionar muitas opções para convivência em familia e ser explorado pela mulher como esposa para acompanhar o marido, namorado, mãe e/ou educadora.Sendo assim a ABRAMAV incentiva a profissão de piloto e é uma associação cumplice do grupo "aviadoras", mas esclarece e incentiva também outras inúmeras atividades que podem ser adotadas como opção se você tem medo de voar ou alguma outra restrição sobre os aviões. Valorizamos o resgate e a preservação da história da aviação. Seja bem vinda!

Mulheres de força!

terça-feira, 18 de maio de 2010

Dia 23 de outubro dia do Aviador

Dia 23 de Outubro dia do aviador

Beleza infinita de um sonho realizar.Poder sentir, amar e até nuvens tocar...Embevecido de tanto prazer,a brisa de leve meu rosto roçar;Saber que também posso voar...Alegria que segue um infinito sentir.Quem me dera este prazer repartira todos que estão a me seguir.Ao homem Deus não deu asas,mas nos presenteou com sabedoria e inteligência,assim, pode este proezas fazer.Explodir de alegria, voar como os pássaros.Tornar seu sonho realidade,satisfação que poucos puderam sentir.Felizardo sou eu de todo este prazer usufruir...

Avião de caça das forças armadas americana

Avião de caça das forças armadas americana

Avião de caça Brasileiro

Avião de caça Brasileiro

segunda-feira, 17 de maio de 2010

MENINAS

Meninas da EEAR

A Escola de Especialistas de Aeronáutica abriu o Desfile Oficial de 7 de Setembro na cidade de Guaratinguetá – SP.
Após o hasteamento do Pavilhão Nacional, desfilaram 1200 alunos, sendo 637 homens e 563 mulheres do Curso de Formação de Sargentos, do Estágio de Adaptação à Graduação de Sargento e do Curso de Formação de Sargentos-Modalidade Especial-Controle de Tráfego Aéreo.
O desfile da EEAR contagiou o público presente pelo garbo e vibração apresentados em um momento de especial entrosamento com a comunidade local.

Top gun ases indomáveis

Top gun ases indomáveis
Pete Mitchell, conhecido como 'Maverick', é um jovem e talentoso piloto que ingressa na Academia Aérea da Marinha Americana. Sua trajetória envolve uma bela mulher chamada Charlotte Blackwood e uma constante disputa com 'Iceman', um piloto à sua altura.

Melhores filmes de aviação

Melhores filmes "aviação"

1° Top gun ases indomáveis
2° Os cavaleiros do ar
3° O preço de um resgate "ransom"
4° O aviador
5° Pearl harbour
6° Anjos da vida" mais bravos que o mar","Guarda costeira"
7° Força aérea

Código de honra dos alunos da EEAR

Código de Honra do Aluno da Escola Especialista da Aeronáultica

"Código de Honra"
O Código de Honra do Aluno da EEAR abrange um segmento dos valores morais e éticos constituintes dos fundamentos da vida militar. É composto dos preceitos básicos a serem desenvolvidos e professados consciente e concretamente pelos alunos, como forma objetiva de se prepararem para o atendimento das exigências a que serão submetidos na carreira. Preceitos Básicos
Com base no conteúdo da letra da
Canção do Especialista, três são os preceitos básicos que regem a conduta do Aluno da EEAR:
DISCIPLINA
É a obediência às regras e aos superiores. A vida militar, com suas peculiaridades da caserna, tem como pilar o binômio disciplina e hierarquia.


AMOR
É concebido como: amor a Deus, amor à Pátria, amor à instituição, amor para consigo mesmo e amor à família.


CORAGEM
É por excelência, uma virtude militar. É um estado de espírito que nos leva a enfrentar conscientemente o perigo, mercê dos obstáculos, das dificuldades e do medo que possamos ter. Trata-se de um misto de energia, espírito de decisão, persistência pelo objetivo, integridade e resolução.

O avião da bela adormecida

O avião da bela adormecida

Era ela, elástica, com uma pele suave da cor do pão e olhos de amêndoas verdes, e tinha o cabelo cacheado, negro e longo até as costas, e uma aura de antiguidade que tanto podia ser da Indonésia como dos Andes. Estava vestida com um gosto sutil: jaqueta de lince, blusa de seda natural com flores muito tênues, calças de linho cru, e uns sapatos rasos da cor das buganvílias. "Esta é a mulher mais bela que vi na vida", pensei, quando a vi passar com seus sigilosos passos de leoa, enquanto eu fazia fila para abordar o avião para Nova York no aeroporto Charles de Gaulle de Paris. Foi uma aparição sobrenatural que existiu um só instante e desapareceu na multidão do saguão.Eram nove da manhã. Estava nevando desde a noite anterior, e o trânsito era mais denso que de costume nas ruas da cidade, e mais lento ainda na estrada, e havia caminhões de carga alinhados nas margens, e automóveis fumegantes na neve. No saguão do aeroporto, porém, a vida continuava em primavera.Eu estava na fila atrás de uma anciã holandesa que demorou quase uma hora discutindo o peso de suas onze malas. Começava a me aborrecer quando vi a aparição instantânea que me deixou sem respiração, e por isso não soube como terminou a polêmica, até que a funcionária me baixou das nuvens chamando minha atenção pela distração. À guisa de desculpa, perguntei se ela acreditava nos amores à primeira vista. "Claro que sim", respondeu. "Os impossíveis são os outros" Continuou com os olhos fixos na tela do computador, e me perguntou que assento eu preferia: fumante ou não-fumante.— Dá na mesma — disse categórico — desde que não seja ao lado das onze malas.Ela agradeceu com um sorriso comercial sem afastar a vista da tela fosforescente.— Escolha um número — me disse. — Três, quatro ou sete.— Quatro.Seu sorriso teve um fulgor triunfal.— Nos quinze anos em que estou aqui — disse —, é o primeiro que não escolhe o sete.Marcou no cartão de embarque o número do assento e me entregou com o resto de meus papéis, olhando-me pela primeira vez com uns olhos cor de uva que me serviram de consolo enquanto via a bela de novo. Só então me avisou que o aeroporto acabava de ser fechado e todos os vôos estavam adiados.— Até quando?— Só Deus sabe — disse com seu sorriso. O rádio avisou esta manhã que será a maior nevada do ano.Enganou-se: foi a maior do século. Mas na sala de espera da primeira classe a primavera era tão real que havia rosas vivas nos vasos e até a música enlatada parecia tão sublime e sedante como queriam seus criadores. De repente pensei que aquele era um refúgio adequado para a bela, e procurei-a nos outros salões, estremecido pela minha própria audácia. Mas na maioria eram homens da vida real que liam jornais em inglês enquanto suas mulheres pensavam em outros, contemplando os aviões mortos na neve através das janelas panorâmicas, contemplando as fábricas glaciais, as vastas plantações de Roissy devastadas pelos leões. Depois do meio-dia não havia um espaço disponível, e o calor tinha-se tornado tão insuportável que escapei para respirar.Lá fora encontrei um espetáculo assustador. Gente de todo tipo havia transbordado as salas de espera e estava acampada nos corredores sufocantes, e até nas escadas, estendida pelo chão com seus animais e suas crianças, e seus trastes de viagem. Pois também a comunicação com a cidade estava interrompida, e o palácio de plástico transparente parecia uma imensa cápsula espacial encalhada na tormenta. Não pude evitar a idéia de que também a bela deveria estar em algum lugar no meio daquelas hordas mansas, e essa fantasia me deu novos ânimos para esperar.Na hora do almoço havíamos assumido nossa consciência de náufragos. As filas tornaram-se intermináveis diante dos sete restaurantes, as cafeterias, os bares abarrotados, e em menos de três horas tiveram de fechar tudo porque não havia nada para comer ou beber. As crianças, que por um momento pareciam ser todas as do mundo, puseram-se a chorar ao mesmo tempo, e começou a se erguer da multidão um cheiro de rebanho. Era o tempo dos instintos. A única coisa que consegui comer no meio daquela rapina foram os dois últimos copinhos de sorvete de creme numa lanchonete infantil. Tomei-os pouco a pouco no balcão, enquanto os garçons punham as cadeiras sobre as mesas na medida em que elas se desocupavam, olhando-me no espelho do fundo, com o último copinho de papelão e a última colherzinha de papelão, e com o pensamento na bela.O vôo para Nova York, previsto para as onze da manhã, saiu às oito da noite. Quando finalmente consegui embarcar, os passageiros da primeira classe já estavam em seus lugares, e uma aeromoça me conduziu ao meu. Perdi a respiração. Na poltrona vizinha, junto da janela, a bela estava tomando posse de seu espaço com o domínio dos viajantes experientes. "Se alguma vez eu escrever isto, ninguém vai acreditar", pensei. E tentei de leve em minha meia língua um cumprimento indeciso que ela não percebeu.Instalou-se como se fosse morar ali muitos anos, pondo cada coisa em seu lugar e em sua ordem, até que o local ficou tão bem-arrumado como a casa ideal, onde tudo estava ao alcance da mão. Enquanto fazia isso, o comissário trouxe-nos o champanha de boas-vindas. Peguei uma taça para oferecer a ela, mas me arrependi a tempo. Pois quis apenas um copo d'água, e pediu ao comissário, primeiro num francês inacessível e depois num inglês um pouco mais fácil, que não a despertasse por nenhum motivo durante o vôo. Sua voz grave e morna arrastava uma tristeza oriental.Quando levaram a água, ela abriu sobre os joelhos uma caixinha de toucador com esquinas de cobre, como os baús das avós, e tirou duas pastilhas douradas de um estojinho onde levava outras de cores diversas. Fazia tudo de um modo metódico e parcimonioso, como se não houvesse nada que não estivesse previsto para ela desde seu nascimento. Por último baixou a cortina da janela, estendeu a poltrona ao máximo, cobriu-se com a manta até a cintura sem tirar os sapatos, pôs a máscara de dormir, deitou-se de lado na poltrona, de costas para mim, e dormiu sem uma única pausa, sem um suspiro, sem uma mudança mínima de posição, durante as oito horas eternas e os doze minutos de sobra que o vôo de Nova York durou.Foi uma viagem intensa. Sempre acreditei que não há nada mais belo na natureza que uma mulher bela, de maneira que foi impossível para mim escapar um só instante do feitiço daquela criatura de fábula que dormia ao meu lado. O comissário havia desaparecido assim que decolamos, e foi substituído por uma aeromoça cartesiana que tentou despertar a bela para dar-lhe o estojo de maquiagem e os auriculares para a música. Repeti a advertência que a bela havia feito ao comissário, mas a aeromoça insistiu para ouvir de sua própria voz que tampouco queria jantar. Foi preciso que o comissário confirmasse, e ainda assim a aeromoça me repreendeu porque a bela não havia colocado no pescoço o cartãozinho com a ordem de não ser despertada.Fiz um jantar solitário, dizendo-me em silêncio tudo que teria dito a ela, se estivesse acordada. Seu sono era tão estável que em certo momento tive a inquietude que aquelas pastilhas não fossem para dormir e sim para morrer. Antes de cada gole, levantava a taça e brindava.— À tua saúde, bela.Terminado o jantar, apagaram as luzes, mostraram um filme para ninguém, e nós dois ficamos sozinhos na penumbra do mundo. A maior tormenta do século havia passado, e a noite do Atlântico era imensa e límpida, e o avião parecia imóvel entre as estrelas. Então contemplei-a palmo a palmo durante várias horas, e o único sinal de vida que pude perceber foram as sombras dos sonhos que passavam por sua fronte como as nuvens na água. Tinha no pescoço uma corrente tão fina que era quase invisível sobre sua pele de ouro, as orelhas perfeitas sem os furinhos para brincos, as unhas rosadas da boa saúde e um anel liso na mão esquerda. Como não parecia ter mais de vinte anos, me consolei com a idéia de que não fosse a aliança de um casamento e sim de um namoro efêmero. "Saber que você dorme, certa, segura, leito fiel de abandono, linha pura, tão perto de meus braços atados", pensei, repetindo na crista de espuma de champanha o so neto magistral de Gerardo Diego.Em seguida estendi a poltrona na altura da sua, e ficamos deitados mais próximos que numa cama de casal. O clima de sua respiração era o mesmo da voz, e sua pele exalava um hálito tênue que só podia ser o próprio cheiro de sua beleza. Eu achava incrível: na primavera anterior havia lido um bonito romance de Yasumari Kawabata sobre os anciões burgueses de Kyoto que pagavam somas enormes para passar a noite contemplando as moças mais bonitas da cidade, nuas e narcotizadas, enquanto eles agonizavam de amor na mesma cama. Não podiam despertá-las, nem tocá-las, e nem tentavam, porque a essência do prazer era vê-las dormir. Naquela noite, velando o sono da bela, não apenas entendi aquele refinamento senil, como o vivi na plenitude.— Quem iria acreditar — me disse, com o amor-próprio exacerbado pelo champanha. — Eu, ancião japonês a estas alturas.Acho que dormi várias horas, vencido pelo champanha e os clarões mudos do filme, e despertei com a cabeça aos cacos. Fui ao banheiro. Dois lugares atrás do meu, jazia a anciã das onze maletas esparramada mal-acomodada na poltrona. Parecia um morto esquecido no campo de batalha. No chão, no meio do corredor, estavam seus óculos de leitura com o colar de contas coloridas, e por um instante desfrutei da felicidade mesquinha de não os recolher.Depois de desafogar-me dos excessos de champanha me surpreendi no espelho, indigno e feio, e me assombrei por serem tão terríveis os estragos do amor. De repente o avião foi a pique, ajeitou-se como pôde, e prosseguiu voando a galope. A ordem de voltar ao assento acendeu. Saí em disparada, com a ilusão de que somente as turbulências de Deus despertariam a bela, e que teria de se refugiar em meus braços fugindo do terror. Na pressa estive a ponto de pisar nos óculos da holandesa, e teria me alegrado. Mas voltei sobre meus passos, os recolhi, os coloquei em seu regaço, agradecido de repente por ela não ter escolhido antes de mim o assento número quatro.O sono da bela era invencível. Quando o avião se estabilizou, tive que resistir à tentação de sacudi-la com um pretexto qualquer, porque a única coisa que desejava naquela última hora de vôo era vê-la acordada, mesmo que estivesse enfurecida, para que eu pudesse recobrar minha liberdade e talvez minha juventude. Mas não fui capaz. "Que merda", disse a mim mesmo, com um grande desprezo. "Por que não nasci Touro?" Despertou sem ajuda no instante em que os anúncios de aterrissagem se acenderam, e estava tão bela e louçã como se tivesse dormido num roseiral. Só então percebi que os vizinhos de assento nos aviões, como os casais velhos, não se dizem bom-dia ao despertar. Ela também não.Tirou a máscara, abriu os olhos radiantes, endireitou a poltrona, pôs a manta de lado, sacudiu as melenas que se penteavam sozinhas com seu próprio peso, tornou a pôr a caixinha nos joelhos, e fez uma maquiagem rápida e supérflua, o suficiente para não olhar para mim até que a porta foi aberta. Então pôs a jaqueta de lince, passou quase que por cima de mim com uma desculpa convencional em puro castelhano das Américas, e foi sem nem ao menos se despedir, sem ao menos me agradecer o muito que fiz por nossa noite feliz, e desapareceu até o sol de hoje na amazônia de Nova York.

Gabriel García Márques